Um maldito rato voador cagou no meu “possante”.
Sempre ouvi dizer que é muito perigoso,
Que pode transmitir doenças e até cegar.
Fiquei desesperado.
Uma mão no volante e a outra no celular.
Minha irmã declarava:
- Corre com ele daí!
No atendimento,
Um sujeito bizarro com as mãos sujas de óleo disse:
- É, tem cura. Mas em alguns casos pode ser fatal!
Antes mesmo que eu percebesse, ele estava todo empipocado.
Então faltou lhe o ar e começou a empalidecer.
Engasgou.
E no meio da avenida, entre tantos outros da mesma espécie.
Morreu!
Faz dois dias que caminho sozinho e amargo.
Me divido entre ressuscitá-lo ou enterrá-lo de vez.
Armado de uma porção de ração
A espreita.
Espero os assassinos para me vingar.
Antonio Ranieri
04/06/2009